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DEUSA

by DEUSA

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  • Compact Disc (CD) + Digital Album

    Edição digipack de duas abas com bandeja para CD e manga com booklet de 20 páginas ilustradas e respectivas letras escritas à mão. Artwork de Gonçalo Almeida.

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1.
"(...) ah, aí é que vamos! é ser variadíssimas coisas ao mesmo tempo e, por vezes, coisas que parecem contraditórias. (...) é ser, ao máximo, plenamente, aquilo que nasceu e que marca a sua individualidade. aqueles marinheiros que foram a Calicute, assim que tocam a ilha que a Deusa lhes plantou diante, pulam para ela, e não são mais marinheiros, nem artilheiros, nem capitães, nem coisa nenhuma! eles são aquilo que eram. e como eram (...), nessa altura, com a nossa cabeça inteiramente livre e límpida, nós podemos ouvir aquilo que o Camões chama: a voz da Deusa."
2.
Aquém 04:17
custas-me o sonho em flor eu sei que é mau mas mau é não amar e à luz da noite que sou em ti ajudo-te a matar lembras-me alguém ficas-lhe aquém mas fica um pouco mais que enquanto sabe bem é deixar morrer só deixar morrer como dar sem crer sabes-me a saudade e perco-me a sonhar vou mudar de vida e o que vai mudar? ficas-me bem fazes-me bem mas vendo bem o tempo vai mudar e sei que sem querer vou deixar morrer só deixar morrer que deixar morrer é quase razão de ser soube-te bem nunca tão bem e fica-me bem deixar morrer deixa morrer
3.
Caim 05:24
juras de amor dormem à mesa trepam-se os olhos que já choram de fingir tanta mentira só custa a quem sabe mentir já te ouvi dizer — rima com porco cuja vil boca não tem lar e em cada dente cabe um corpo dono de um nome tão vulgar deixa-me então partir já sou eu quem não quer dar chega de destruir deixa-me então partir às tantas eu quero estar só como sempre quis se vais sair, deixa-me a chave poupa-me a dor de aguardar que vás voltar e se voltares, avisa pois eu posso estar com alguém melhor — rima com porco cuja vil boca não tem lar e em cada dente cabe um corpo dono de um nome tão vulgar chama-me então Caim já sou eu quem não quer dar não sei quem mora aqui deixa-me então partir (se) às tantas eu quero estar só como sempre quis triste é findar por ti triste é findar por ti
4.
Mais 04:00
hoje ouvi dizer que vais cantar talvez pudesse ir sentir saudade e acabo noutro cais, vendendo-me por fé e a noite vira febre de alto mar vim, porquê ficar até ao fim já ontem nós brindámos à saudade vi paixão em ti e quis colher em mim todo o caos foi sede de perder e quero mais, nem sei o quê se me despertas, quero mais só quero mais, nem sei porquê já tinha tudo (o que quis) nunca é demais se me despertas, será que chegas? sempre ouvi dizer que a bem do mal tudo é nada menos além mar e durmo ou não e nada é sonhar então, se sonho, o medo é meu mal ter será um dia ter um fim já ontem nós brindámos à saudade vi paixão em mim e quis colher em ti hoje sonho sede de viver de perda e cobiça na cova do dente escravo que trabalha recebe como gente faz várias funções, é máquina competente comprou outra máquina e está quase contente não escolhe o sexo mas escolhe a cor será filha vaidosa ou filho doutor? pois seja o que for mas à imagem de sua dor calha-lhe um doente que se mata por amor mas quero mais, nem sei porquê se me despertas, quero mais só quero mais, nem sei o quê já tinha tudo (o que quis) nunca é demais se me desperta, será que chega?
5.
shhh, shhh (espuma), shhh (...) riso.
6.
Afonia 03:44
foi como em tempo de afonia queria dar e pouco ou nada me saía não quis matar vão contratempo, fui mentira só eu queria não deixar morrer a vida que tentei deixar morrer quem diria acordei e quis chover mas não há nada por nascer é pensar que o mar venceu por cá e só me resta talvez cavar é contar que é bom viver a quem já viveu e quem já viveu? é contar que é bom viver a quem já viveu e quem já viveu? ela gostava de me observar enquanto brincava com a mão entre as pernas e fumava cigarros que roubava da avó, depois era a vez dela e ela sabia o que fazia, nem lhe tremiam as mãos enquanto cortava e sorria éramos pequenos e adorávamos brincar aos monstros marinhos a banheira era o nosso mar, mergulhávamos e desaparecíamos na água negra de cabelos para emergirmos num rugido o meu coração corria na espera, ela vaidosa e eu vencido e um dia, de mãos dados, abraçámo-nos para um beijo e o mar negro transbordou, estendendo-se de desejo e ela sorriu e mordeu os lábios e, quando bateram à porta, nós rimos como perdidos pois jamais morreríamos
7.
Deusa 04:16
sair da prisão e voltar a matar é parte de mim que não consigo deixar quando estou dentro não quero sair (mas) há festa lá fora e não me mata espreitar não tem como não olhar não tem como não sorrir não tem como não ficar não tem como não sentir podias ser tu o meu fim podias ser tu o meu fim deusa, és mais que amanhecer deusa é pouco saí da prisão e voltei a matar agora cá fora já não quero voltar tranco-me à chave para me acalmar tomara a vontade não ser vento e mar não tem como não pensar não tem como não sair não tem como não amar não tem como desistir pareces-me tu o meu fim podias ser tu o meu fim deusa, eu quis acreditar deusa é pouco deusa, se matar é honrar assim honro o teu fim
8.
Canção 08:44
podia dar-te a provar do mesmo afogar-te em silêncio, até um dia te cantar há tanto tempo que afago este medo e agora entendo: vou-me encontrar em alto mar acordámos que é bom dizer e bastava uma cama acordámos mas já sem crer (querer) acordámos um dia fugir e faltou a coragem acordámos e deixei-te ir nem eu sabia o preço podia dar-te a provar do mesmo enterrar-te em segredo, até um dia tropeçar e acreditar que por todo este tempo eu tenho sido quem era se não cortar cresce além e é tão fácil deixar crescer se é esta a tua canção serve para deixar morrer acordámos que é bom doer e bastava um abraço acordámos mas já sem crer acordámos jamais omitir e faltou a coragem acordámos que tudo tem fim mas ainda penso em ti acordámos que é bom dizer e bastava uma cama acordámos mas já sem crer acordámos jamais omitir e faltou a coragem acordámos que tudo tem fim mas ainda penso em ti até encontrarmos quem não nos faça pensar um no outro: acorda, (que) até encontrarmos alguém que nos faça pensar um no outro: acordo(a)

credits

released August 7, 2020

voz e letras por João Rocha Afonso
guitarra por Henrique Carvalhal
piano e teclados por Bernardo Cruz
baixo por Pedro Jónatas
bateria por António Carvalhal

gravado no estúdio Namouche por Joaquim Monte e Bernardo Centeno
misturado por Joaquim Monte
masterizado por Mário Barreiros
produzido por DEUSA e Joaquim Monte


© Ⓟ DEUSA 2020

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about

DEUSA Lisbon, Portugal

DEUSA é uma banda de rock portuguesa, nascida e criada em Lisboa, 2017. Estreou-se em 2020, com o seu álbum homónimo e “singles tão distintos e orelhudos quanto as músicas do encore de um concerto jamais esperado e esquecido.” É formada por João Rocha Afonso (vocalista e letrista), Henrique Carvalhal (guitarra), António Carvalhal (bateria), Pedro Jónatas (baixo) e Bernardo Cruz (teclados). ... more

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